Ao viajar para lugares frios. Ao sentir o gelo tocar sua pele ressecada. Ao ver a neve deixar seus cabelos brancos. Ao caminhar no sol e sentir que o mesmo não a esquentava. Ao olhar nos olhos da pessoa amada e ver a indiferença. Ao perceber seu coração endurecer. Ao cair bêbada num chão frio. Ao sorrir falsamente. Ao ouvir uma música triste. Ao passar o ano sozinha. Ao pensar que tudo está certo. Ao correr sem rumo. Ao dormir sem sono. Ao parar em frente a uma igreja, Isabel notou o quão fria estava (corporal e sentimentalmente).
As flores que nasciam entre a igreja e ela, os pássaros que cantavam naquela manhã fria, as crianças que sorriam, as beatas que passavam, o padre que rezava, a menina que chorava, o rapaz que corria, o cão que ladrava, o homem que vendia algodão-doce, o sol que brilhava, o amor que Isabel sentia, o vento que soprava, as imagens da infância que iam e vinham, tudo isso deixavam-na mais fria ainda. Isabel congelou. Isabel virou estátua de gelo em frente à igreja. Hoje Isabel é idolatrada como a ‘Santa de Gelo’. E ela nunca fez nada de bom para ser chamada de santa. Isabel apenas queria amar e ser amada, mas as decepções fizeram com que ela congelasse. E dizem que ás vezes a santa chora como um bebê. E dizem que às vezes, na madrugada fria, ela grita como uma louca. E dizem que a ‘Santa de Gelo’ espera o dia em que um homem que realmente saiba o que é amar a beije. E dizem que nesse dia ela descongelará e viverá um amor jamais vivido na Terra. E dizem também que já é tarde, porque o coração dela já se quebrou.
Às vezes eu vou até a igreja e sussurro no ouvido dela: “Não acorde! Continue dormindo! Continue sendo essa linda santa congelada! Não acorde! O mundo aqui fora é mais frio do que aí dentro! Por favor, continue dormindo. Por favor! Por favor! Não acorde!”
As flores que nasciam entre a igreja e ela, os pássaros que cantavam naquela manhã fria, as crianças que sorriam, as beatas que passavam, o padre que rezava, a menina que chorava, o rapaz que corria, o cão que ladrava, o homem que vendia algodão-doce, o sol que brilhava, o amor que Isabel sentia, o vento que soprava, as imagens da infância que iam e vinham, tudo isso deixavam-na mais fria ainda. Isabel congelou. Isabel virou estátua de gelo em frente à igreja. Hoje Isabel é idolatrada como a ‘Santa de Gelo’. E ela nunca fez nada de bom para ser chamada de santa. Isabel apenas queria amar e ser amada, mas as decepções fizeram com que ela congelasse. E dizem que ás vezes a santa chora como um bebê. E dizem que às vezes, na madrugada fria, ela grita como uma louca. E dizem que a ‘Santa de Gelo’ espera o dia em que um homem que realmente saiba o que é amar a beije. E dizem que nesse dia ela descongelará e viverá um amor jamais vivido na Terra. E dizem também que já é tarde, porque o coração dela já se quebrou.
Às vezes eu vou até a igreja e sussurro no ouvido dela: “Não acorde! Continue dormindo! Continue sendo essa linda santa congelada! Não acorde! O mundo aqui fora é mais frio do que aí dentro! Por favor, continue dormindo. Por favor! Por favor! Não acorde!”
Um comentário:
Acho que realmente a solução para a "Santa de Gelo" é continuar dormindo... Não! Ela deve acordar e ver que existem pessoas que gostam dela. Quem a ama.
Adorei!
;)
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