sábado, 24 de julho de 2010

na janela...

ler ao som de Wild Horses, cantado por Susan Boyle. (clique no link abaixo com o botão direito do mouse e abra-o em outra janela para poder ler enquanto ouve).


ao olhar pela janela ele vê diversos apartamentos acesos, prédios iluminados. hipnotizado com o que vê, abre a janela e percebe o som dos carros passando, das risadas das pessoas que estão na boate que existe abaixo do seu prédio. sons que fazem com que ele se sinta vazio. há alguns metros de distância, uma música extremamente melancólica começa a tocar no seu computador, o volume aumenta automaticamente. ele sobe no banco que há próximo a janela, sente a brisa tocar o seu rosto, respira fundo, fecha os olhos e deixa com que o vento faça o seu corpo flutuar. desejando estar longe dali, desejando que o sonho se torne realidade, desejando ser quem não é, desejando um beijo de alguém que está distante, desejando um toque carinhoso, desejando ser amado, nem que seja por poucos minutos, ele sobe no parapeito da janela e se joga para fora. por alguns segundos, que parecem durar a eternidade, ele se sente livre, ele voa, se sente amado, ele abre os olhos no meio do vôo e se vê, pela primeira vez na vida, completo, realizado, feliz... e é assim que ele chega ao fim da sua viagem, é assim que ele se torna eterno e imortal, é assim que ele será lembrado, é assim que ele se torna o mais belo de todos os anjos já existentes, é assim…