quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Felicidade

O primeiro mês do ano novo está acabando com chuva. Nada poderia ser mais perfeito. A chuva que tanto me faz bem...
Desejo que os próximos meses acabem como esse. Com água, seja da chuva, seja do mar, seja da torneira. Mas com água limpa, sempre pura.


A casa estava vazia. Nenhum móvel, nenhuma mosca, ninguém. Ele chegou, abriu a porta e encontrou o nada. O silêncio tomou conta do lugar. Apenas se ouvia o cricrilar dos grilos ao longe.
Ele estava em sua antiga casa. Chegando ao banheiro encontrou o nada pintado de azul, totalmente diferente da sua época. Ao olhar a cozinha chorou lembrando das belas macarronadas que ali foram feitas. O quarto de visitas estava brilhando, como seus olhos ao ver seu reflexo na janela. E ele caminhou observando cada detalhe. Foi quando percebeu que a porta do seu antigo quarto estava fechada.
A sua mão tocou no trinco fazendo-o pensar se desejava entrar naquele local novamente. Um cheiro diferente chamou a sua atenção. Um perfume. Um perfume novo, porém conhecido. Um perfume italiano. E ele abriu a porta. Parou. Não acreditou no que via. Ali, deitado na cama estava o dono daquele cheiro. E a porta se fechou. Neste momento eles estão lá, felizes, juntos, animados com o novo cheiro que exala de seus poros. Os vizinhos costumavam dizer que a felicidade bateria naquela porta, mas que somente a pessoa certa poderia abrir. E ele abriu. Senhoras e Senhores, por favor, coloquem a mão no chão. Senhoras e Senhores pulem num pé só. Senhoras e Senhores dêem uma rodadinha e, com toda gentileza, peço que vá pro olho da rua.



beijos,
abraços,
sorrisos...

:)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O Jovem e a Saúde!


Eram nove horas quando ele acordou e sentiu a necessidade de procurar um médico. Ele foi a um Clínico Geral.
Após os exames serem feitos o médico chamou o jovem para lhe dar o diagnóstico: “Tudo está aparentemente normal. As dores que você reclama não têm motivos para estarem acontecendo. Caso elas se repitam mais vezes procure um especialista. Você só deve aumentar o conteúdo de fibras na sua alimentação para ter uma saúde perfeita.”
E ele foi pra casa mais tranqüilo, sabendo que deve acrescentar legumes, verduras e frutas em geral na alimentação.
O tempo passou e alguns dos problemas aparentemente sem importância voltaram a atacar o jovem rapaz. E ele procurou um otorrinolaringologista para saber sobre as suas amígdalas. O médico o examinou e constatou que retirá-las não será necessário, apenas disse que o jovem deve tomar alguns cuidados após as refeições, entre eles, principalmente fazer gargarejo para restinhos de comidas não acumularem nas famosas e chatas amígdalas.
E ele foi pra casa mais tranqüilo, sabendo que deve gargarejar após as refeições.
O tempo passou e o problema que mais preocupava o jovem rapaz voltou a atacar e dessa vez de uma maneira muito dolorosa. E ele ficou preocupado com o coração. Sim. O jovem coração parecia que ia explodir.
E ele foi ao cardiologista. E todos os exames foram feitos e o médico disse para ele que a sua saúde estava perfeita e que as dores no peito eram apenas psicológicas e quando elas acontecerem novamente é hora do jovem parar, respirar e pensar no que está lhe fazendo mal.
E ele foi pra casa mais tranqüilo. E começou a fazer academia. E começará a fazer natação. E iniciou um novo modo de vida: com legumes, frutas, vegetais, gargarejos e paz espiritual.
O jovem decidiu cuidar de si nesse novo ano. E percebeu que consegue estar bem com as suas funções corporais e mentais quando não se importa com poucas coisas.

E viva a vida!




beijos,
abraços,
sorrisos...

:)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Ainda vestido de Papai Noel o velhinho caminhava pela rua da cidade deserta. Já havia se passado 10 dias do natal, porém aquele senhor de barbas brancas continuava a acreditar que a sua fantasia, fora de época, traria a paz e o amor do espírito natalino.

“Quem acredita em Papai Noel?” – gritou com deboche, do alto de um morro, um moleque.

Quem acredita em Papai Noel?
Esta pergunta fez o velhinho parar de caminhar, encostar o saco vermelho de presentes no chão, olhar para o alto do morro e desistir.

Era 04 de janeiro de 2025, às 17h, quando o último ser humano que acreditava num futuro melhor perdeu as esperanças.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Isabel

Em um dia de verão Isabel acordou assustada ao perceber que o sol não raiava. Naquele dia a moça de cabelos loiros e olhos verdes não teve forças para levantar de sua cama. Apenas assistiu TV, deitada no seu colchão aconchegante.
A noite chegara antes do normal naquele dia. E o inesperado aconteceu. Ao longe Isabel percebeu que a lua brilhava. Uma linda lua cheia de verão. Ao abrir a janela uma suave brisa acariciou o seu rosto, fazendo-a sorrir.
Isabel correu para cozinha, pegou uma tigela que havia ganhado de sua avó, abriu a geladeira e escolheu as mais deliciosas frutas que ali estavam. A moça de pele clara abriu a torneira da cozinha e sem perceber lavou com tanto cuidado aquelas frutas que o tempo parecia ter parado, a água límpida penetrou no morango, no melão, no mamão, na maçã e na banana, deixando-as belas e deliciosas. Nunca, em nenhum lugar do mundo, houve alguém que lavou com tanta delicadeza as frutas que desejava comer.
Após algumas horas Isabel havia preparado a mais perfeita salada de fruta de sua vida. A sacada de sua casa a esperava e a lua cheia estava ainda mais bela a clarear o céu. Eram três da manhã quando Isabel se deu conta de que o tempo havia passado e a lua e as frutas haviam preenchido o pequeno vazio que o dia sem sol tinha deixado em seu coração.
Não há nada melhor no mundo do que uma salada de fruta, a lua, e a madrugada para fazer Isabel feliz.


beijos,
abraços,
sorrisos...

sábado, 19 de janeiro de 2008

Um novo ano iniciou e com ele novas expectativas e um novo blog: Waguater.
A mistura da água em duas línguas deu início a este local onde escreverei coisas sem sentido ou com todo o sentido do mundo, depende de como se lê. O primeiro post não tem nome, pois estou aprendendo a não intitular as coisas. Ou não! (como diria Caetano). Talvez eu simplesmente não saiba como chamar o escrito abaixo.


Num belo dia de chuva
Ao observar pela janela
Pude perceber o quão feliz
Aquela criança era.

O pai estava embaixo
de um restinho de telhado.
E o filho sorridente
estava a dançar molhado.

Os carros passavam e buzinavam.
A criança corria e sorria.
O pai ficava sentado
vendo a alegria da filha.

Não sei se era menino;
Não sei se era menina;
Só sei que aquele pai
não parava de chorar
ao ver a felicidade da sua cria.

Num belo dia de chuva
Ao observar pela janela
Pude perceber o quão feliz
Aquela criança era.



Sejam Bem Vindos!